sexta-feira, 11 de maio de 2012

EBD Jovens & Adultos CPAD 2º Trimestre de 2012

Jovens & Adultos Lição 7 - Sardes, a Igreja Morta.

Tema da Lição:

Lição 7


Texto Áureo:

Palavra-Chave:


Colar no Destinatário de um envelope, que pode ser confeccionado com folha de papel A4.



 

Carta a Igreja de Sardes:


Para a Dinâmica você vai precisar de uma estrela pequena que pode imprimir em cartolina, ou confeccioná-la em EVA.
Essas estrelas deverão ser entregues a cada aluno, confeccionei umas azuis para os homens e umas amarelas para as mulheres. Confira:




Plano de Aula: Escola Bíblica Dominical.

CLASSE:                                                                                LIÇÃO Nº  07         
PROFESSOR(A):                                                                                              
DATA:                                      LEITURA BÍBLICA: Apocalipse 3:1-6
TEMA: Sardes, A Igreja Morta”

Texto Áureo: “Desperta, ó tú que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”. Efésios 5:14


Objetivo:
·       Identificar os problemas pertinentes a igreja de Sardes.
·       Compreender que não podemos viver de aparência.
·       Reconhecer que somente o Espírito Santo pode vivificar uma igreja espiritualmente morta.
1º Momento: Oração, Leitura Bíblica do Texto, Louvor, Chamada e Oferta.
2º Momento: Apresente o cartaz ou slide com o tema da Lição 7: Sardes, A Igreja Morta”. Peça a eles que leiam, após apresente:
·       As características de Sardes nos aspectos econômico, político, cultural e religioso. Mostrando no mapa, a sua localização.
Quanto à fundação da igreja, falem que a cidade de Sardes provavelmente foi fundada pelo Apóstolo Paulo.

3º Momento: Apresente o cartaz ou slide com o Texto Áureo:
“Desperta, ó tú que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá”. Efésios 5:14
·       Diga a eles que somente o Espírito Santo pode reavivar a Igreja e levá-la a posicionar-se como a agência por excelência do Reino de Deus.
4º Momento: Abra um envelope contendo a carta destinada a Igreja de Sardes e realizem a leitura que se encontra em Apocalipse 3:1-6
·       Os alunos deverão apenas escutar.

5º Momento: Realizem uma segunda leitura da carta e, desta vez, solicitem aos alunos para que acompanhem a leitura em sua própria Bíblia. Um aluno deverá ler em voz alta e vocês professores deverão juntamente com os alunos identificarem e discutirem as características positivas, negativas e advertências dessa igreja.
Socialize com o texto: “Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida”, que pode proporcionar a reflexão sobre a morte espiritual do cristão. A igreja é viva, o cristão deve estar vivo, observando os valores do Reino, para que haja crescimento espiritual.

6º Momento: Apresente o Cartaz ou slide com a Palavra-Chave: Morte. Deixe que eles leiam e façam seus comentários de acordo com a sua orientação que pode ser através de perguntas. Após comente:
·       MORTE – Fim; desaparecimento gradual de qualquer coisa que se tenha desenvolvido por algum tempo.

·       Fale também a respeito da Igreja Morta Espiritualmente.

7º Momento: Trabalhem os pontos levantados na lição, sempre de forma participativa e procurando contextualizar esses ensinamentos com a vida dos seus alunos e com o momento atual da Igreja.
8º Momento: Para finalizar, utilizem a dinâmica “Eu, uma estrela?”
9º Momento: Recorde-os O Tema da Lição e o Texto Áureo. Apresente o Corinho a ser cantado durante a apresentação da classe. E de forma discreta repasse as perguntas para ver se eles fixaram o tema. Não se esqueça de formular 3 perguntas.
Sulamita Macedo

Dinâmica: Eu, uma Estrela?

Objetivo: Refletir sobre a luz que há em nós, para que brilhe neste mundo de trevas.

Material: 01 estrela pequena feita de cartolina ou EVA para cada aluno.


Procedimento:
·       Leiam novamente a parte do versículo que se encontra em Ap. 3. 1 “...Isto diz o que tem os sete espíritos e as sete estrelas...”.

·       Falem: Esta é a forma como Jesus se apresenta a esta igreja.

·       Falem, ainda: Na Bíblia, há várias passagens nas quais as pessoas são comparadas a estrelas. Vejamos algumas:

Gn 15. 5 “Então o levou para fora e disse: Olha agora para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente.”

Gn 37.9 “...Eis que ainda sonhei um sonho, e eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam para mim.”

·       Falem: Os pastores das igrejas também foram comparados a estrelas e eles estavam na mão direita de Jesus, conforme se lê em Ap. 1. 20 “O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas e os sete castiçais, que viste, são as sete igreja”.

·       Entreguem uma estrela para cada aluno, peçam para que coloquem seu nome na estrela. E permaneçam com ela na mão.

·       Falem: Há pessoas que são consideradas estrelas, por se destacarem em algum trabalho em TV ou cinema, mas o brilho é passageiro, a fama passa.

·       Continuem, falando: Nós devemos brilhar como luz do mundo, nas mãos do Senhor, o eterno.

·       Para concluir, façam uma oração pelos alunos, apresentando-os como estrelas que brilham na escuridão deste mundo em trevas.

Por Sulamita Macedo.



Texto de Reflexão: Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida

  
Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:


"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".


No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:


- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?


- Ainda bem que esse infeliz morreu !


Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.


A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?


No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo...


Luís Fernando Veríssimo

Textos Complementares:


Sardes, a Igreja Morta
A Fundação da Igreja em Sardes
Edificada sobre um promontório a 500 metros acima do nível do mar, quase inconquistável, Sardes teve um passado de glória, chegando a ser capital do reino de Lídia, e sinônimo de prosperidade e sucesso. Era uma grande fabricante de roupas de lã, próspera em comércio de produtos oriundos da agricultura. Em Sardes a deusa Ártemis era cultuada.
Assim como em Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira, o Evangelho pode ter chegado naquela cidade através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).
A Condição da Igreja em Sardes
Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. (Ap 3.1)
Em sua apresentação nesta carta, Jesus se revela de duas maneiras:
- Aquele que tem os sete espíritos. A expressão “sete espíritos” descreve a plenitude do Espírito Santo que é único. Não é por acaso que a plenitude do Espírito é aqui destacada. É o Espírito Santo quem dá plena vitalidade a uma igreja local. No Novo Testamento vemos o Espírito Santo atuando na igreja de várias formas, dentre as quais: Revestindo de poder (At 1.8; 2.1-4; 4.31), trasladando sobrenaturalmente (At 8.39-40), orientando na separação de obreiros (At 13.1-3), participando das decisões conciliares (At 15.28-29), direcionado as missões (At 16.6-10), distribuindo dons à igreja (1 Co 12.11). Ao mudar de atitude em relação ao Espírito, uma igreja local pode iniciar um processo de morte. Os passos para isso são geralmente os seguintes: Resistir ao Espírito (At 7.51), entristecer ao Espírito (Ef 4.30), extinguir /apagar o Espírito (1 Ts 5.19), blasfemar contra o Espírito (Mt 12.31-32).
- Aquele que tem as sete estrelas. Da mesma forma que no caso dos sete espíritos, as sete estrelas falam da plenitude do senhorio de Cristo sobre a sua Igreja. Ele é o Senhor absoluto sobre ela. A Igreja tem dono, e pode ter certeza que não é nenhum pastor ou líder nacional, regional ou local. Jesus não tem sócios na Igreja. Apesar de muitos na atualidade agirem como se fossem donos da Igreja de Jesus, na realidade, se portam (ou são) como donos das instituições religiosas por eles fundadas, herdadas ou dirigidas (igrejas locais). Essa postura inclui: Colocar o patrimônio físico da igreja (instituição) em seu nome, ou em nome de familiares e parentes, beneficiar-se financeiramente de forma absurda e escandalosa da igreja (instituição), além de beneficiar familiares, parentes e amigos, estabelecer o filho ou algum parente como sucessor, para assim manter os privilégios (afirmo que não há nada de errado quando os filhos ou parentes são devidamente qualificados para as funções ou divinamente vocacionados para o santo ministério, e quando não há interesse na manutenção de privilégios), ditar as normas, as regras, os costumes e a tradição da igreja (instituição), ameaçar aqueles que discordam de seus posicionamentos com cortes de salários, demissões, mudanças para campos, congregações ou trabalhos menores ou mais difíceis, perda de cargos e funções em mesas diretoras, supressão de oportunidades para ensino e pregação, etc. Os donos das igrejas (instituições) estão em toda parte, deitando e rolando, fazendo e acontecendo, se achando poderosos e irremovíveis.
Infelizmente, o quadro de saúde espiritual de Sardes tinha se agravado tanto que a igreja não estava mais em coma, e sim morta. Com cerca de 60 anos de fundação, a igreja chegou ao fundo do poço. Interessante é que a igreja mantinha a sua reputação de viva diante dos homens, mas diante de Deus, que não se engana com reputação, estava morta. Sardes se tornara esteticamente e aparentemente viva, mas espiritualmente e essencialmente morta.
Lições que Aprendermos com a Igreja em Sardes
As Assembleias de Deus no Brasil, assim como a igreja em Sardes, gozam de uma grande reputação nacional. Grandes e majestosos templos, excelentes estruturas, escolas, faculdades, hospitais, abrigos, creches, etc. Tudo isso sinaliza para uma boa condição financeira e econômica. No campo político já consegue espaço com vários representantes no legislativo e executivo. Juízes, promotores, advogados, médicos, engenheiros, administradores e educadores são encontrados entre pastores e membros da igreja. A maior igreja evangélica no Brasil impõe respeito aos de dentro e aos de fora.
Sua história, assim como a história das igrejas da Ásia Menor, foi marcada pelo poder atuante do Espírito, pelo ensino bíblico ortodoxo, pela marcante evangelização, pelo dedicado discipulado, pela fervorosa e sincera adoração, pela maravilhosa comunhão e por outras características e ações de uma igreja genuinamente cristã.
Assim como Sardes, e como qualquer outra igreja que já experimentou grandes momentos em sua história, não podemos de maneira alguma descuidar. Foi por isso que Jesus advertiu a igreja em Sardes com as seguintes palavras: “Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. (Ap 3.2)
É preciso estar atento e aprender com a história. Em 214 a.C, Antíoco o Grande, rei da Síria, enviou seus exércitos contra Sardes. Seus soldados escalaram os muros desprotegidos e capturaram quase que de forma idêntica ao que os guerreiros persas fizeram em 546 a.C. Semelhantemente, a igreja em Sardes não cuidou dos seus “muros”, permitindo que fossem escalados, para ser invadida, dominada e influenciada negativamente, promovendo morte. Não foi assim também com a história mundial da igreja? Já não lemos e testemunhamos em continentes, países, estados, cidades, distritos e bairros de igrejas locais que nasceram, experimentaram a plenitude da vida no Espírito, adoeceram e morreram?
Enquanto denominação evangélica, em que somos melhores que tais igrejas? Sendo assim, se não ficarmos alertas, também morreremos. Já há sinais de morte em vários lugares, mas temos vida do Espírito ainda presente em várias congregações. A ordem é para fortalecer as pessoas e aquilo que de bom ainda há na igreja. Não nos basta ser uma grande igreja, é preciso ser uma igreja de obras perfeitas. Quantidade sem qualidade não tem valor no Reino de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (Ap 3.3)
A ordem para a igreja em Sardes foi “lembra-te” (gr. mnemoneue). No grego o verbo se encontra no modo imperativo, no tempo presente e na voz ativa, ou seja, implica em uma ordem de Jesus que deveria ser cumprida durante todo o tempo pelos crentes em Sardes. A constante lembrança daquilo que recebemos e aprendemos é fator essencial para não entrarmos num processo de morte.
Assim como no caso de Éfeso, o arrependimento é também exigido. O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de frases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” aqui se deriva de metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição de o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).
Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. (Ap 3.4)
Como bem colocado por Kistemaker: “Entre as cinzas do fogo se encontram uns poucos tições fumegantes, que com um lufada de vento arderão em chama”.[1][1]
No grego, lemos literalmente “tens poucos nomes” (echeis oliga onomata), o que implica na ideia de que o Senhor conhece os seus individual e nominalmente (Is 43.1). Esse pequeno grupo de crentes em Sardes não se dobrou diante do secularismo, do pluralismo religioso, nem do relativismo moral vigentes. A pureza e santidade dos tais foram simbolizadas pelas roupas de cor branca. Sim, é possível viver em meio à corrupção espiritual e moral, e mesmo assim manter as vestes limpas e incontaminadas. Tal condição é indispensável para andar, caminhar lado a lado com o Senhor.
Para aqueles que se enquadram no perfil do remanescente fiel da igreja em Sardes, fica a promessa:
O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.5-6)
Blog Altair Germano


[1][1]KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 204.


SARDES, A IGREJA MORTA
INTRODUÇÃO

A quinta carta do Apocalipse foi endereçada a Igreja que estava localizada na cidade de Sardes. Vemos no conteúdo da sua carta, que o problema daquela Igreja não era heresia, pois lá não havia nicolaítas, como em Éfeso (Ap 2.6); nem os que seguiam a doutrina de Balaão, como em Pérgamo (Ap 2.14); tampouco as falsas profecias da profetiza por nome Jezabel, como em Tiatira (Ap 2.20). No entanto, apesar de ter nome de que vivia, a Igreja estava espiritualmente morta. Por isso, o Senhor Jesus envia-lhes esta carta com o intuito de exortar os cristãos ao arrependimento, conduzindo-os a um genuíno avivamento.
I - A CIDADE DE SARDES
1.1 Nome. A palavra “Sardes” deriva-se do grego e significa “príncipe de gozo”. Quando João escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. Sua glória estava no passado e seus habitantes entregavam-se aos encantos de uma vida de luxúria e prazer;
1.2 Geografia. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C. e era uma das cidades mais magníficas do mundo nesse tempo. Localizada a cerca de 24 Km de Esmirna e situada no alto de uma colina, ela era fortificada por uma grande muralha, seus soldados e habitantes se sentiam imbatíveis e pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. Mas, a cidade orgulhosa caiu nas mãos do rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este a cercou por 14 dias, e depois a invadiu com seu exército, quando os soldados de Sardes estavam dormindo. Um fato interessante é que, cerca de trezentos anos depois, por volta de 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. As duas invasões ocorreram por causa da autoconfiança e falta de vigilância dos seus habitantes;
1.3 Religião. Como as demais cidades da Ásia Menor, Sardes estava completamente comprometida com a idolatria, pois, tinha como padroeira a deusa Cibele, que era creditada com o poder especial de restaurar vida aos mortos. No entanto, para a Igreja que estava espiritualmente morta naquela cidade, somente o Senhor Jesus, o que tem os sete Espíritos de Deus, poderia restaurá-la (Ap 1.4).
II - A CARTA À IGREJA DE SARDES
A Igreja de Sardes tornou-se como a cidade: em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida (Mt 5.13-16). Apenas tinha nome e fama, mas não tinha vida (Ap 3.1). Jesus enviou uma carta revelando a necessidade de um reavivamento urgente, pois, havia muitos crentes mortos, e outros, dormindo, precisando ser despertados (Ap 3.3,4).
2.1. “Ao anjo da Igreja” (Ap 3.1 a). Não podemos afirmar, ao certo, quem era o anjo (pastor) da Igreja de Sardes. No entanto, podemos deduzir que ele conhecia muito bem os problemas daquela Igreja. Todas as cartas foram enviadas ao anjo da Igreja (Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14,22) porque ele era a pessoa mais indicada, não apenas para transmitir o conteúdo da carta aos cristãos daquela localidade, como também corrigir os erros doutrinários e conduzir a Igreja a um genuíno avivamento;
2.2. “Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas” (Ap 3.1 b). A expressão “sete Espíritos” significa: a multiforme operação do Espírito Santo, como podemos ver em (Is 11.1,2): “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Quanto as “sete estrelas” Jesus referiu-se aos anjos (pastores) das Igreja, conforme (Ap 1.20);
2.3. “Eu sei as tuas obras” (Ap 3.1 c). Já vimos em lições anteriores que, em todas as cartas, Jesus diz: “Eu sei as tuas obras” ou “Eu conheço as tuas obras” (Ap 2.2,9,13,19; 3.1,8,15) o que significa dizer que Ele não está alheio ao serviço que prestamos em prol do Reino de Deus aqui na terra. No entanto, o Senhor Jesus não fez menção, nem elogiou as boas obras de Sardes, como em outras cartas, tais como: o trabalho e a paciência de Éfeso (Ap 2.2); a perseverança na fé da Igreja de Pérgamo (2.13); o amor, o serviço, a fé e a paciência dos crentes de Tiatira (Ap 2.19); pelo contrário, o Senhor Jesus diz: “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2);
2.4. “Tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1 d). A Igreja de Sardes vivia apenas de aparência, pois, aos olhos dos habitantes da cidade, ela existia e estava presente: “tens nome de que vives”; mas, aos olhos daquEle que são como chamas de fogo, era uma Igreja morta, sem vida e sem vigor espiritual “mas, estás morta”. Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo disse que o cristão deve considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus (Rm 6.11,13); mas, em Sardes, estava havendo o inverso: muitos crentes estavam vivos para o pecado e mortos para Deus;
2.5. “Sê vigilante” (Ap 3.2 a). O termo “vigiar” significa “estar atento”, “estar vigilante”. Esta foi a primeira recomendação do Senhor Jesus àquela Igreja. A vigilância é uma atitude exigida a todo cristão (Mt 24.42; Mc 13.37; Lc 21.36; At 20.31), mas, principalmente, para os crentes sinceros e fiéis que estavam vivendo entre os mortos. Em outras palavras, o Senhor Jesus estava dizendo: se não vigiares, poderás morrer também! Assim como a cidade fora invadida duas vezes por falta de vigilância, o mesmo poderia ocorrer com o remanescente fiel, caso eles não vigiassem;
2.6. “Confirma os restante que estava para morrer” (Ap 3.2 b). Cristo ordena livrar “os que estão destinados à morte”. A expressão “confirma” não significa confirma sua morte, e sim, confirma sua fé (At 14.22; 15.32; 16.5; 18.23; I Pe 5.10; II Ts 3.9).
Isto nos ensina que a Igreja não estava morta por completo, pois sempre houve, e sempre haverá um remanescente fiel (Ap 2.6,13,24; 3.4). É por esta razão que o Senhor Jesus diz: “Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso” (Ap 3.4);
2.7. “Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus” (Ap 3.2 c). Esta exortação do Mestre nos ensina que não basta ter obras, serviços prestados e trabalhar para o Senhor. É preciso que as obras sejam perfeitas. Mas, o que é uma obra perfeita?
É uma obra feita de todo coração (Cl 3.23), com alegria (Sl 100.2) e para a glória de Deus (I Co 10.32). Na primeira epístola aos coríntios, o apóstolo Paulo enumera seis tipos de “obras”, a saber: madeira, feno, palha, prata, ouro e pedras preciosas (I Co 3.12). Somente as obras que permanecerem é que serão recompensadas (I Co 3.13-15);
2.8. “Lembra-se, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o” (Ap 3.3 a). A Igreja de Sardes não poderia queixar-se por não conhecer a doutrina. As palavras do Senhor Jesus são enfáticas: “Lembra-se, pois, do que tens recebido e ouvido” o que significa dizer que os cristãos já haviam recebido o genuíno Evangelho. A Bíblia nos exorta a lembrar das palavras que foram ditas pelos profetas (Jd 1.17) e das palavras do Senhor (Lc 24.6,8; Jo 15.20); inclusive, uma das atribuições do Espírito Santo é lembrar as palavras do Senhor (Jo 14.26). Este lembrar implica que os cristãos deveriam também, guardar, ou seja, cumprir, obedecer;
2.9. “E arrepende-te (Ap 3.3 b)”. Arrepender-se significa sentir tristeza por haver violado as leis divinas e ter o desejo de voltar-se a Deus, implorando o perdão e o favor divino. Deus exige arrependimento não apenas dos pecadores (Mt 3.11; 4.17; Mc 1.15; 2.17; Lc 3.3,8; At 3.19; 17.30), mas também daqueles cristãos que não andam em sinceridade (Ap 2.5; 2.16; 21,22; 3.3,19). O Senhor Jesus esperava que ao receberem aquela carta, os cristãos se arrependessem dos seus pecados para receberem a vida (At 11.18);
2.10. “E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei (Ap 3.3 c)”. A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia muito segura, e não vigiou. Jesus alerta a Igreja que, se ela não vigiar e não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente. Em seu sermão profético, o Senhor Jesus ensinou sobre a vigilância, comparando a Sua vinda como a ação de um ladrão, ou seja, em momento inesperado (Mt 24.43,44). Os apóstolos também falaram acerca de Sua vinda “como um ladrão” (I Ts 5.2,4; II Pe 3.10). Porém, quando Jesus disse a Igreja de Sardes que “viria como um ladrão” não estava se referindo a Sua Segunda Vinda, e sim, a um juízo iminente, ou seja, que poderia ocorrer a qualquer momento;
2.11. “O que vencer será vestido de vestes brancas” (Ap 3.5 a). Nas páginas da Bíblia Sagrada, vestes brancas falam de pureza e santidade. Elas aparecem diversas vezes no livro do Apocalipse (Ap 3.5,18; 4.4; 6.11; 7.9,13; 19.14). Mas, quando Jesus se refere a uma promessa aos vencedores, esse “andar” é escatológico, ou seja, futuro, e significa que os vencedores poderão estar na companhia de Cristo por toda LIÇÃO 07 - SARDES, A IGREJA MORTA
2.12. “De maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3.5 b). Nenhum outro livro recebe tanta importância nas Sagradas Escrituras do que o livro da vida. Ele é mencionado em (Êx 32.33; Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fl 4.3). Quando Jesus diz que jamais riscará o nome dos vencedores do livro da vida não está se referindo a uma predestinação fatalista, em que alguns cristãos afirmam “uma vez salvo, salvo para sempre”; mas, pelo contrário, uma predestinação condicional, uma promessa para aqueles que vencerem; e vencer, significa: perseverar até o fim (Mt 10.22; 24.13; Mc 13.13);
2.13. “E confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos” (Ap 3.5 c). Esta promessa nos faz lembrar o que disse Jesus a seus discípulos: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). A expressão “confessar”, neste texto significa: “testificar que pertence a Mim”, ou seja, aqueles que confessam a Cristo, e não se envergonham do Seu nome, além de terem os seus nomes confirmados no livro da vida, serão, no futuro, confessados por Cristo diante do Pai e dos seus anjos.
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, a Igreja de Sardes tinha o nome de quem estava viva, mas estava morta; em vez de influenciar a cidade, foi influenciada. Por esta razão, o Senhor Jesus apresenta-se como Aquele que tem os sete Espíritos de Deus, ou seja, o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. Mas, para que a mesma viesse a ser restaurada era preciso ser vigilante, lembrar-se do que tinha recebido e ouvido e arrepender-se dos seus pecados. No entanto, nem todos estavam corrompidos. Havia ali também cristãos sinceros que não contaminaram suas vestes. Por isso, o Senhor Jesus lhes diz que estes andariam com Ele; e, aos vencedores, Ele prometeu que estes seriam vestidos de vestes brancas, não teriam seus nomes riscados do livro da vida; e que Ele o confessaria o seu nome diante de Seu Pai e diante dos Seus anjos.
REFERÊNCIAS
BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
STAMPS, Donald C. BÍBLIA de Estudo Pentecostal. CPAD.
ANDRADE, Claudionor de. Os Sete castiçais de ouro. CPAD.
__________, Dicionário Teológico. CPAD.
LOPES, Hernandes Dias. Estudos no livro de Apocalipse. Hagnos.
SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse, versículo por versículo. CPAD.
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação









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