Jovens & Adultos Lição 4 - Esmirna, a Igreja Confessante e Mártir
TEMA DA LIÇÃO:
TEXTO ÁUREO:
PALAVRA-CHAVE:
COLAR NO DESTINATÁRIO DE UM ENVELOPE, QUE PODE SER CONFECCIONADO COM FOLHA DE PALEL A4:
CARTA A IGREJA DE ESMIRNA:
Plano de Aula: Escola Bíblica Dominical.
CLASSE: LIÇÃO 04
PROFESSOR(A):
DATA: LEITURA BÍBLICA:
Apocalipse 2: 8-11
TEMA: “Esmirna, a Igreja Confessante e Mártir”.
Texto Áureo: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da
vida.” Ap 2:15
Objetivo:
· Identificar as
principais características da igreja de Esmirna (confessante e mártir).
·
Descrever como
Jesus se apresentou à igreja de Esmirna.
·
Saber as
condições da cidade de Esmirna.
1º Momento: Oração,
Leitura Bíblica do Texto, Louvor, Chamada e Oferta.
2º Momento: Apresente o cartaz ou slide com o tema da Lição 4: “Esmirna, a Igreja Confessante e Mártir”. Peça
a eles que leiam, após comente:
·
Sobre os aspectos geográficos, políticos,
econômicos, religiosos da cidade de Esmirna, mostrando num mapa sua posição
geográfica.
3º Momento: Apresente
o cartaz ou slide com o Texto Áureo:
“Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da
vida.” Ap 2:15
·
Diga a eles
que nada pode calar a Igreja de Cristo, nem mesmo a morte.
4º
Momento: Abram um envelope contendo a carta
destinada a Igreja de Esmirna e realizem a leitura que se encontra em
Apocalipse 2.8 a 11. Os alunos deverão apenas escutar.
5º Momento: Realizem uma segunda leitura da
carta e, desta vez, solicitem aos alunos para que acompanhem a leitura em sua
própria Bíblia. Um aluno deverá ler em voz alta e vocês professores deverão
juntamente com os alunos preencher o quadro abaixo, à medida que a leitura for
realizada:
Observação:
a coluna referente as características negativas ficará vazia.
·
Ao ler o verso 2, falem sobre a verdadeira
prosperidade, que não consiste em bens materiais mas rico para com Deus( tema
do trimestre passado).
6º Momento: Apresente
o Cartaz ou slide com a Palavra-Chave: MÁRTIR.
Deixe que eles leiam e façam seus comentários de acordo com a sua
orientação que pode ser através de perguntas. Após comente:
·
MÁRTIR
– Quem é submetido a súplicas ou à morte, pela recusa de
renunciar os seus princípios
7º
Momento: Trabalhem
com os alunos porque esta igreja era confessante e mártir.
8º
Momento: Trabalhem os pontos levantados na lição, sempre de
forma participativa e procurando contextualizar esses ensinamentos com a vida
dos seus alunos, para que a aprendizagem seja significativa.
9º Momento: Apresentem
alguns dados sobre a igreja perseguida, na atualidade, e façam uma oração pelos
irmãos que nesse momento estão sofrendo perseguição.
10º Momento: Para
concluir, utilizem a dinâmica “O que
tenho de melhor para presentear”.
11º Momento: Recorde-os
O Tema da Lição e o Texto Áureo. Apresente o Corinho a ser cantado durante a
apresentação da classe. E de forma discreta repasse as perguntas para ver se
eles fixaram o tema. Não se esqueça de formular 3 perguntas.
http://ebd-kadoshi-adonai.blogspot.com
Sulamita Macêdo
http://ebd-kadoshi-adonai.blogspot.com
Sulamita Macêdo
Objetivo: Refletir
sobre o que temos apresentado diante de Deus e enfatizar a fidelidade para com
Deus.
Material: 01
frasco de mirra (óleo), que se encontra a venda nas livrarias evangélicas,
normalmente com 10 ml e valor bastante accessível.
Procedimento:
1 - Falem: A cidade de Esmirna era exportadora de
mirra. Falem o que é, para que serve e como é obtida.
“A mirra é uma árvore espinhosa que pode
atingir 5 metros de altura, com flores vermelho-amarelo e frutos pontiagudos.
Cresce em matas e prefere solos bem drenados e muita exposição ao sol. Árvore
de nome botânico Commiphora molmol. A palavra mirra origina-se do
hebraico maror ou murr, que significa "amargo".
A resina
que se obtém dos seus caules é usada na preparação de medicamentos, devido as
suas propriedades anti-sépticas.
Os egipcios empregavam a mirra no culto ao deus Sol e como ingrediente
mumificação, uma vez que suas qualidades embalsamadoras já eram conhecidas. Até
o século XV, era usada como incenso em funerais e cremações. É também utilizada
em algumas celebrações religiosas.
A sua fragrância também pode ser utilizada em
incensos para dar um leve aroma de terra ou como aditivo para o vinho.
Atualmente, utilizam-se comercialmente os
componentes da mirra em produtos como loções, pastas de dente, perfumes e
outros cosméticos.
A mirra é obtida através da resina da casca ou
espremendo-se a madeira da planta”. (dados da Internet).
2 - Depois, apresentem para os alunos um frasco de mirra e deixem que os
alunos sintam o aroma.
3 – Falem: Este óleo(mostrem o frasco com mirra) é utilizado para unção.
Leiam: Êx. 30:22-25:
"Falou mais o Senhor a Moisés dizendo: Tu,
pois, toma para ti das principais especiarias: da mais pura MIRRA, quinhentos
siclos; e de CANELA aromática, a metade, a saber, duzentos e cinqüenta ciclo ,
e de CÁLAMO aromático, duzentos e cinqüenta ciclos; e de CÁSSIA, quinhentos
siclos, segundo o siclo do Santuário; e de azeite de OLIVA, um him. E disto
farás o azeite da Santa Unção, o perfume composto segundo a obra do perfumista;
este será o azeite da Santa Unção".
Perguntem: Para que somos ungidos? Escolhidos?
4 – Ainda, falem: A mirra está também relacionada
com a preparação da noiva(Igreja) para se encontrar com o noivo(Jesus). Leiam
Ester 2.12:
“Em chegando o prazo de cada moça vir ao rei Assuero, depois de tratada
segundo as prescrições para as mulheres, por doze meses (porque assim se
cumpriam os dias de seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis
meses com especiarias e com os perfumes e unguentos em uso entre as mulheres)”.
Perguntem: Como estamos nos preparando para nos apresentar diante de
Deus?
5 – Depois, leiam Mateus 2:10 e 11:
“Ao verem eles a estrela, regozijaram-se com grande
alegria. E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se,
o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e
mirra.”
Falem: Os magos do Oriente trouxeram presentes
valiosos para Jesus. E nós, o que temos dado?
Nossa fidelidade? Nosso compromisso com os valores
do reino de Deus e com Sua Palavra?
Temos firmeza de fé, para testemunhar nesses tempos
trabalhosos?
Nosso trabalho no reino, de forma prazerosa e
consciente?
6 – Para finalizar, falem: A igreja de Esmirna era
fiel testemunha sofrendo perseguições e a Bíblia nos adverte: “...Sê fiel até a
morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. (Apocalipse 2. 10).
Por
Sulamita Macedo.
Esmirna, A Igreja Confessante e Mártir
Esmirna era a principal cidade que disputava com
Éfeso e Pérgamo a fama de ser chamada de maior cidade da Ásia. Ruas e edifícios
se estendiam através do litoral que circundava as montanhas. Fontes emanavam
com águas do aqueduto da cidade. Um teatro ficava numa das áreas mais altas da
cidade e de lá se contemplava a parte mais baixa da cidade. Esmirna reivindica
o título de berço do poeta Homero e construiu um relicário em sua honra. Uma
biblioteca, ginásios, termas e um estádio contribuíam para a vida cultural de
Esmirna. A cidade atraiu oradores, como Apolônio de Tyana no primeiro século, e
outros renomados, no segundo século.
Esmirna era freqüentemente chamada a
cidade mais bela da Ásia Menor. Ruas pavimentadas com belo design cortavam o
centro de negócios. Grandes
séries de colunas criavam o senso de grandeza e graciosidade. O Agora ou
mercado público, que estava localizado próximo ao porto, era o centro do
comércio e vida social. Produtos eram trazidos para dentro de Esmirna pelo mar
e do interior para serem vendidos ali. Durante o festival de Dionísio, o Agora
era usado para procissões em honra dos deuses.
O PORTO
O vasto porto ao longo de Esmirna
era o ancoradouro para navios que viajavam no mar Egeu. No coração da cidade
também havia um grande porto ou Marina que poderia ser fechado com uma
corrente. Os navios podiam transferir suas cargas do litoral para o Agora ou
mercado, que era o centro comercial da cidade. Esmirna era conhecida por seu
vinho, roupas, perfumes e artefatos de ouro.
Deusa Mãe
A deusa Grande Mãe, que
tinha o templo localizado no lado leste da cidade, era a divindade patrona de
Esmirna. Sempre representada nas moedas de Esmirna, ela era considerada como uma deusa que era especialmente responsável por
todo bem-estar da cidade. Fertilidade, saúde e proteção estavam entre os
benefícios que era dito que ela provia.
M A P A
Apocalipse 2
Em grego
8. Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu:
8. Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto e reviveu:
9. Conheço a tua tribulação e a
tua pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que dizem ser judeus, e não o
são, porém são sinagoga de Satanás.
10. Não temas o que hás de
padecer. Eis que o Diabo está para lançar alguns de vós na prisão, para que
sejais provados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e
dar-te-ei a coroa da vida.
11. Quem tem ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas. O que vencer, de modo algum sofrerá o dado da
segunda morte.
Representa
a igreja desde o ano 100 a 313. Foi o período de horrendas perseguições do
Império Romano contra os cristãos que foram queimados vivos, decapitados,
entregues às feras no circo romano, etc. Para esses fiéis mártires o Senhor não
tem reprovação. O período termina com o edito de tolerância de Milão, assinado
por Constantino no ano 313.
O Valor dos Mártires
Quando Jesus revelou
a Seus discípulos a sorte de Jerusalém e as cenas do segundo advento, predisse
também a experiência de Seu povo desde o tempo em que deveria ser tirado dentre
eles até a Sua volta em poder e glória para o seu libertamento. Do Monte das
Oliveiras o Salvador contemplou as tempestades prestes a desabar sobre a igreja
apostólica; e penetrando mais profundamente no futuro,
Seus olhos divisaram
os terríveis e devastadores vendavais que deveriam açoitar Seus seguidores nos
vindouros séculos de trevas e perseguição. Em poucas e breves declarações de
tremendo significado, predisse o que os governadores deste mundo haveriam de
impor à igreja de Deus (Mat. 24:9, 21 e 22).
Os seguidores de
Cristo deveriam trilhar a mesma senda de humilhação, ignomínia e sofrimento que
seu Mestre palmilhara. A inimizade que irrompera contra o Redentor do mundo,
manifestar-se-ia contra todos os que cressem em Seu nome. A história da igreja
primitiva testificou do cumprimento das palavras do Salvador. Os poderes da
Terra e do inferno arregimentaram-se contra Cristo na pessoa de Seus
seguidores. O paganismo previa que se o evangelho triunfasse, seus templos e
altares desapareciam; portanto convocou suas forças para destruir o
cristianismo. Acenderam-se as fogueiras da perseguição. Os cristãos eram
despojados de suas posses e expulsos de suas casas. Suportaram "grande
combate de aflições". Heb. 10:32. "Experimentaram escárnios e
açoites, e até cadeias e prisões." Heb. 11:36. Grande número deles selaram
seu testemunho com o próprio sangue. Nobres e escravos, ricos e pobres, doutos
e ignorantes, foram de igual modo mortos sem misericórdia.
Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do martírio de Paulo, continuaram com maior ou menor fúria durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a causa das grandes calamidades - fomes, pestes e terremotos. Tornando-se eles objeto do ódio e suspeita popular, prontificaram-se denunciantes, por amor ao ganho, a trair os inocentes. Eram condenados como rebeldes ao império, como inimigos da religião e peste da sociedade.
Grande número deles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados, outros cobertos com peles de animais bravios e lançados à arena para serem despedaçados pelos cães. De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniam-se para gozar do espetáculo e saudavam os transes de sua agonia com riso e aplauso.
Onde quer que procurassem refúgio, os seguidores de Cristo eram caçados como animais. Eram forçados a procurar esconderijo nos lugares desolados e solitários. "Desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes, pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra." Heb. 11:37 e 38. As catacumbas proporcionavam abrigo a milhares. Por sob as colinas, fora da cidade de Roma, longas galerias tinham sido feitas através da terra e da rocha; o escuro e complicado trama das comunicações estendia-se quilômetros além dos muros da cidade. Nestes retiros subterrâneos, os seguidores de Cristo sepultavam os seus mortos; e ali também, quando suspeitos e proscritos, encontravam lar. Quando o Doador da vida despertar os que pelejaram o bom combate, muitos que foram mártires por amor de Cristo sairão dessas sombrias cavernas.
Sob a mais atroz perseguição, estas testemunhas de Jesus conservaram incontaminada a sua fé. Posto que privados de todo conforto, excluídos da luz do Sol, tendo o lar no seio da terra, obscuro mas amigo, não proferiam queixa alguma. Com palavras de fé, paciência e esperança, animavam-se uns aos outros a suportar a privação e angústia. A perda de toda a bênção terrestre não os poderia forçar a renunciar sua crença em Cristo. Provações e perseguição não eram senão passos que os levavam para mais perto de seu descanso e recompensa.
Como aconteceu aos servos de Deus de outrora, muitos "foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição". Heb. 11:35. Estes se recordavam das palavras do Mestre, de que, quando perseguidos por amor de Cristo, ficassem muito alegres, pois que grande seria seu galardão no Céu, porque assim tinham sido perseguidos os profetas antes deles. Regozijavam-se de que fossem considerados dignos de sofrer pela verdade, e cânticos de triunfo ascendiam dentre as chamas crepitantes. Pela fé, olhando para cima, viam Cristo e os anjos apoiados sobre as ameias do Céu, contemplando-os com o mais profundo interesse, com aprovação considerando a sua firmeza. Uma voz lhes vinha do trono de Deus: "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." Apoc. 2:10.
Nulos foram os esforços de Satanás para destruir pela violência a igreja de Cristo. O grande conflito em que os discípulos de Jesus rendiam a vida, não cessava quando estes fiéis porta-estandartes tombavam em seus postos. Com a derrota, venciam. Os obreiros de Deus eram mortos, mas a Sua obra ia avante com firmeza. O evangelho continuava a espalhar-se, e o número de seus aderentes a aumentar. Penetrou em regiões que eram inacessíveis, mesmo às águias romanas. Disse um cristão, contendendo com os governadores pagãos que estavam a impulsionar a perseguição: Podeis "matar-nos, torturar-nos condenar-nos. ... Vossa injustiça é prova de que somos inocentes. ... Tampouco vossa crueldade... vos aproveitará". Não era senão um convite mais forte para se levarem outros à mesma persuasão. "Quanto mais somos ceifados por vós, tanto mais crescemos em número; o sangue dos cristãos é semente." - Apologia, de Tertuliano, parágrafo 50.
Milhares eram aprisionados e mortos, mas outros surgiam para ocupar as vagas. E os que eram martirizados por sua fé tornavam-se aquisição de Cristo, por Ele tidos na conta de vencedores. Haviam pelejado o bom combate, e deveriam receber a coroa de glória quando Cristo viesse. Os sofrimentos que suportavam, levavam os cristãos mais perto uns dos outros e de seu Redentor. Seu exemplo em vida, e seu testemunho ao morrerem, eram constante atestado à verdade; e, onde menos se esperava, os súditos de Satanás estavam deixando o seu serviço e alistando-se sob a bandeira de Cristo.
Dc. Geazi Santos
Esmirna a Igreja
Confessante e Mártir
Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: Estas são as palavras daquele que
é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.
Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a
blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.
Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. Saibam que o diabo
lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição
durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.
Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor
de modo algum sofrerá a segunda morte.
(Apocalipse 2:8-11 - NVI)
Queridos,
nesta semana estaremos falando em nossas escolas dominicais sobre a igreja de
Esmirna, e com esta temos muito a aprender, como sabemos nenhuma igreja
terrestre é perfeita, tampouco podemos condenar as 7 igrejas da Ásia, inseridas
nas cartas do livro das revelações, por seus erros, com exceção de Filadélfia,
todas elas foram repreensíveis.
O primeiro ponto a trabalharmos
neste capítulo é a pobreza material de Esmirna, paradoxalmente a situação da
cidade que era rica a igreja sofria miseravelmente, o problema é que,
principalmente em cidades centro, como era o caso de Esmirna, que possuía uma
população de 200 mil habitantes, a cidade de Esmirna era
considerada a mais bela da Ásia Menor. Sua beleza natural era fascinante. Seu
esplendor habitava entre o mar e as montanhas. Sua estrutura urbana era modelo
para as demais cidades de sua época. O comércio internacional favorecia
economicamente a cidade, que era grande exportadora de mirra.
Na condição de centro religioso,
em Esmirna eram adorados os deuses Cibele, Apolo, Asclépio, Afrodite e Zeus. O
culto ao imperador, que incluía a queima de incenso a imagem de César, foi lá
bastante difundido e praticado. Conforme Kistemaker:
Em 26 d.C., ela dedicou um templo
ao imperador Tibério e se gabava de ser a principal no culto ao imperador. Essa
jactância agradou aos administradores romanos, os quais fomentavam a paz e a
unidade que caracterizavam o espírito de Roma por todo o império. William
Barclay escreve que, para tornar o espírito de Roma tangível, os romanos
apresentaram o imperador como sendo sua incorporação, e assim surgiu o culto ao
imperador. Ainda que alguns dos primeiros imperadores discordassem de tal
culto, a população o ativou ao ponto de tornar os imperadores divinos.
A lei era
mais rígida e trazia servis, e em uma de suas regras estabelecidas, a lei
romana previa que aquele que não se curvasse a César e não o chamasse de Senhor
(deus) seriam castigados com o confisco de seus bens, destituindo aquele não
declarado adorador de César a pobreza e marginalização social, e era esta,
provavelmente a paga dos cristãos “esmirnienses”. A fidelidade a Cristo os
deixou “pobres”.
A
localização atual de Esmirna é na porção geográfica turca e é chamada de Izmir.
Ficava acerca de 60 Km de distância da cidade em que primeiro foi citada no
capítulo 2 de Apocalipse, ou seja, a cidade de Éfeso.
Outro
ponto importante deste texto é observarmos como, inicialmente, o Senhor se
apresenta, primeiro como eterno “Daquele que é o primeiro e o último”, fazendo-se
arremeter-se ao princípio de todas as coisas (Jo1.1), porque “No princípio era
o verbo”, mas na realidade este princípio não é início com a cronologia humana,
mas a eternidade em amplitude temporal, ou seja, um início que nunca iniciou,
mas um início que é a existência da eternidade do Criador da existência. Glória
a Deus! O nosso Senhor sempre existiu e pode ser chamado de Senhor (Deus)!
César já se foi! Mas, Jesus morreu e tornou a vida e para Ele não existe
temporalidade (2 Pe 3.7), o tempo é inerente ao ser humano, mas não ao Ser
Divino, é material e físico, não transcendente e espiritual, o seu poder e
infinitude permanecem, como sua glória e autoexistência são soberanas, por isso
desde o princípio de todas as vidas nos conhece e está ao nosso lado,
conhecendo todos os nossos sofrimentos, falhas e a nossa limitação.
Mesmo
afirmando que a pobreza material de Esmirna a transformava em rica
espiritualmente, mesmo tendo-a em muito como exemplo, o Senhor não foi
indiferente aos seus erros, não deixou de disciplinar aqueles que se travestiam
de puros servos de Deus (como judeus), mas não o eram, condenou seus
procedimentos e os chamou de sinagoga de Satanás. Não pensemos que Esmirna,
como alguns dizem, não tinha defeitos, mas que mesmo a maioria dos cristãos de
lá não participando dos erros, tolerava àqueles que praticavam o mal, que se
desviavam da Palavra. Quantas igrejas hoje têem essa mesmo comportamento?
Quantas não tomam posição contra o erro? Contra os falsos mestres das
“sinagogas” de Satanás por aí afora? Contra a falsa doutrina? Contra o pecado
de relativismo? De liberalismo? Contra doutrinas de homens?
Essa
forma de agir é sim passiva de repreensão, a omissão também é pecado! Temos
muitos líderes omissos! Muitos que se escondem por trás de suas funções e
responsabilidades porque os participantes e membros das sinagogas de satanás da
vida são “poderosos”, possuem influência política e/ou econômica e social. O
Senhor não tolera covardes e omissos que toleram e escondem os erros, o pecado e
a maldade. E essa é uma verdade inquestionável, pois o Senhor é Santo e quer
que sejamos santos, pois “Sede santos porque Eu Sou santo” (1 Pe 1.16).
Após os
elogios a Esmirna também veio e a repreensão à igreja, o pior estava por vir,
não por causa dos erros, mas por causa do amor a Cristo, diferente do que o
triunfalismo prega, a igreja por ser fiel ao Senhor sofreria dores infindas,
esmagadora e sem precedentes, uma tribulação terrível, como afirma “O Diabo
lançará alguns de vocês na prisão para prová-los”. Quem é o Diabo? Que provação
é essa? O Diabo é o nosso adversário e ele estava usando, nessa época, o
sistema político romano e suas leis para perseguição do povo de Deus. Será que
hoje não temos essa mesma ocorrência em muitos países com cortinas de ferro
para o evangelho de Cristo? Recentemente um governo de um destes países
anticristão deu 24 horas para todos os cristãos saírem deste, senão seriam
mortos. Já a provação dos irmãos de Esmirna na prisão, seria negar o que
professavam e confessar que César como o seu Senhor! Que dura prova! Imagine aí
se a um presidente de nosso país exigisse que todos a chamassem de “deus”,
“senhor” de nossas vidas! Tenho plena convicção que muitos cristãos achariam
isso banal e diriam até que nada tem haver afirmar algo assim, e isso é um
grande engano, um engodo, pois mesmo que seja forçado e sem ser de coração
teríamos negado a Jesus como Senhor, pondo outro(a) em lugar de Deus.
Os dez
dias da perseguição até hoje são desconhecido cronologicamente, não há nenhum
relato histórico comprovando esse período determinado exato, mas aqui não
sabemos se essa expressão tinha algum outro significado, mas sabemos que a
perseguição existia e muitos foram presos e alguns não resistiram e morreram,
mas como o Senhor afirmara, “o vencedor jamais sofrerá a segunda morte” porque
a primeira todos nós estamos sujeitos, tanto uma morte natural e indolor, como
uma morte trágica e sofrível, todos estamos passivos a ambas. Diferente do que
alguns afirmam que o crente fiel não é perseguido e nem sofre, esse trecho da
igreja em Esmirna nos mostra o contrário, que podemos ser perseguidos e nos
tornar pobre materialmente ao seguir o evangelho genuíno e verdadeiro de
Cristo.
A segunda morte não é o fim de todas as coisas, mas
o princípio de um grande tormento infindo, por isso o sofrimento transitório da
igreja será recompensado pelo gozo eterno, a vida eterna junto ao nosso Deus lá
em seu Reino. Aleluia!
Professor Érik
ESTUDO PARA COMPLEMENTO
QUANDO A PERSEGUIÇÃO ATINGE O FIEL -
Apocalipse 2.8-11
A linha foi traçada na areia. A guerra
está declarada. O inferno, em sessão oficial; e a Igreja, sob ataque. O reino
de Satanás empenha-se numa batalha sem quartel contra a Igreja de Jesus Cristo.
As forças do inferno estão convocadas contra o povo de Deus. Violenta
tempestade arma-se no horizonte.
Em ação, a Igreja Batista de Hamilton
Square, em São Francisco. Ao se reunirem para o culto de domingo à noite, em 19
de setembro de 1993, aqueles crentes sabiam que muita coisa haveria de
acontecer. Apenas não imaginavam com que intensidade! O orador seria Lou
Sheldon, um sincero oponente da legislação pró-homossexual da Califórnia. Como
presidente da Coalizão de Valores Tradicionais, em 1989, Sheldon havia
revolucionado os costumes domésticos dos casais de São Francisco.
Sua visita fez da igreja um campo de
batalha. Dois jornais pró-homossexuais noticiaram a visita de Sheldon,
provocando uma avalanche de telefonemas à igreja. Ativistas ameaçaram
atrapalhar. E realmente atrapalharam. O culto tornou-se campo de batalha.
Aproximadamente 100 desordeiros invadiram a área exterior do templo,
controlando-a totalmente.
Furiosos, eles negavam o acesso dos
crentes ao templo. Verificou-se até violência física. Uma irmã foi arrancada da
porta da igrejas por esses ativistas. A polícia limitou-se a assistir aqueles
atos de vandalismo. Os baderneiros arrancaram a bandeira da igreja para hastear
a dos homossexuais. Crianças foram molestadas e destratadas. Obscenidades,
proferidas.
Quando o culto teve início, gays
furiosos começaram a esmurrar as portas do santuário, convidavam os fiéis a
orgias sexuais. Enquanto os crentes cantavam, aqueles vândalos atiravam ovos e
pedras nas janelas. O pastor foi atingido pelos estilhaços, e precisou de
escolta policial para deixar a igreja.
Era como estar em Sodoma e Gomorra.
Mas isto aconteceu na América. Continuarão tais agressões contra a igreja? E se outras minorias resolverem agir de igual modo? Já é a perseguição dos últimos dias?
Uma coisa está clara. Jesus avisou-nos de que isto aconteceria antes de sua vinda: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mt 24.9).
Mas isto aconteceu na América. Continuarão tais agressões contra a igreja? E se outras minorias resolverem agir de igual modo? Já é a perseguição dos últimos dias?
Uma coisa está clara. Jesus avisou-nos de que isto aconteceria antes de sua vinda: “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mt 24.9).
Antes de sua crucificação, Jesus já
nos havia advertido: “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a
vós, me aborreceu a mim. Se vós fosseis do mundo, o mundo amaria o que era seu,
mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o
mundo vos aborrece” (Jo 15.18,19). O apóstolo Paulo fez igual advertência:
“Sabe porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos… E também,
todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2
Tm 3.1,12). A linha foi traçada na areia. Os lados escolhidos. E a guerra
declarada. O inferno está em guerra contra o céu.
Esmirna, a segunda igreja a receber a
carta de Cristo, sabia disto. Ela representa os cristãos perseguidos em todos
os tempos e cenários culturais.
Façamos uma viagem à velha Esmirna.
Façamos uma viagem à velha Esmirna.
O Cenário
Esmirna era a mais bela cidade da Ásia
Menor. Era a coroa do continente. Próspero centro portuária, possuía um
pitoresco cenário natural. Fazia fronteira com o Mar Egeu, sendo ladeada por
uma montanha circular chamada Pagos. A bela montanha era contornada pela Rua do
Ouro. Nela, haviam templos pagãos e edifícios públicos que lhe davam a
aparência de uma coroa. As ruas bem pavimentadas e delineadas por arvoredos,
acentuavam-lhe a beleza. Seus prédios eram conhecidos como a coroa de Esmirna;
assemelhavam-se a um colar de diamantes.
Séculos antes, Alexandre, o Grande,
determinara fazer de Esmirna a cidade-modelo da Grécia. Sua vida cultural
florescia. As artes, educação, filosofia e ciência. Tudo florescia. Ela
ostentava magnífica biblioteca e um monumento ao seu mais ilustre filho -
Homero. Aqui, achava-se também o maior teatro da Asia. Seu orgulho e beleza
estavam gravados em suas moedas.
Localizada a 40 milhas ao norte de
Éfeso, possuía um porto natural onde frotas inteiras abrigavam-se de ataques e
tormentas. Ela ocupava o segundo lugar nas exportações, sendo superada somente
por Efeso. Era o grande e florescente centro do comércio internacional. Esmirna
tinha fortes laços com Roma. Quando seis cidades competiam pelo privilégio de
construir um monumento à capital do império, foi Esmirna a escolhida. Sua
fidelidade a César era indiscutível.
Conseqüentemente, era um próspero
centro do culto ao imperador. Naqueles dias, César era como um Deus para o
povo. A sua imagem, esculpida em mármore, eram queimados incensos.
Todos eram convocados, anualmente, a jurar fidelidade ao imperador. O que se recusasse a fazê-lo, era preso e executado ao fio da espada. Esmirna era o berço do paganismo.
Todos eram convocados, anualmente, a jurar fidelidade ao imperador. O que se recusasse a fazê-lo, era preso e executado ao fio da espada. Esmirna era o berço do paganismo.
Cibele, Apolo, Asclépio, Afrodite e
Zeus. Todos os deuses eram abertamente adorados em Esmirna. Mas, nesta perversa
cidade, havia um pequeno rebanho de Cristo. Arrancados a esse sistema
diabólico, fizeram-se Igreja de Deus. Em Esmirna não era fácil ser cristão.
Muitos eram perseguidos e mortos por sua fé. Ser chamado de cristão, aqui, era
sobremodo perigoso.
Esmirna significa myrh - fragrância
usada para se fabricar perfume. Quando esmagada, a casca da myrh exala doce
aroma. Esta é a precisa descrição da igreja. Quanto mais esmagada pelo mundo em
virtude de sua fé em Cristo, mais o aroma de seu testemunho exala. Diante da
oposição, a fragrância daquela igreja espalhara-se por toda a Asia Menor. Se
Éfeso era como São Paulo - líder no comércio e na indústria, Esmirna era como o
Rio de Janeiro - um centro cultural de primeira grandeza.
O Remetente
Jesus identifica-se a esta perseguida
e atribulada igreja de maneira dramática. Encoraja-a; enaltece-lhe o espírito.
E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o
último, que foi morto, e reviveu… (Ap 2.8).
Aquele que É Eterno
Jesus é o primeiro e o último. Este
título lhe declara a eternidade. Antes que o tempo existisse, Jesus já existia.
E Ele existirá depois que todas as coisas se findarem. Da eternidade a
eternidade, Ele é. Nada pode limitá-lo. Ela revela sua natureza a Esmirna para
que esta, em meio ao sofrimento, tenha uma perspectiva eterna. Em meio às
lutas, lembremo-nos de que Jesus já existia antes do tempo. O que aqui sofremos
é insignificante se comparado à glória eterna que nos aguarda.
Aquele que Vive
Jesus é aquele que foi morto e
reviveu. Ele transpõe a eternidade. Como Deus eterno, invadiu o tempo e a
história no ventre da virgem. Tornou-se verdadeiro homem. Tomou a forma de
servo e viveu a vida sem pecado. Falsamente acusado como criminoso, foi
suspenso entre o céu e a terra entre dois ladrões. Mas obediente até morte,
Deus o ressuscitou triunfantemente.
Sua vitória sobre a morte é também a
nossa vitória. Grande encorajamento para esta igreja sofredora! Eles também
sofriam injustiças de Roma. E à semelhança de Cristo, mantinham-se obedientes e
fiéis até a morte. Mas a morte não pode deter os santos. Um dia, os mártires
ressuscitarão triunfalmente: sua vitória é eterna.
O Pecado
Não há repreensão para Esmirna. Nenhum
membro é censurado. Embora não haja igreja perfeita aos olhos de Cristo, diante
de quem todas as coisas estão expostas e descobertas, Esmirna não apresenta
nenhuma falha gritante. Imagine-se, agora, em Esmirna, ouvindo esta carta. No
momento da repreensão, nenhuma censura. Nenhuma! Apenas favor e aprovação do
Cristo.
O Sofrimento
Jesus agora conforta sua igreja.
Perseguida e pura, não necessita de correção, mas de encorajamento. Diz-lhe o
Senhor:
Eu sei as tuas obras, e tribulação, e
pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são,
mas são a sinagoga de Satanás. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis
que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados, e tereis
uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida
(Ap 2.9,10).
Assim Jesus inicia a sua carta: “Eu
sei as tuas obras”. Sei ou conheço (oida, no grego) é o conhecimento adquirido
pela própria experiência. E aprender algo através do envolvimento pessoal. E
também apreciar, respeitar ou valorizar a qualidade de uma pessoa ou coisa.
Ao declarar: “Eu sei a sua
tribulação”, Ele está dizendo: “Sei exatamente o que está se passando. Já
passei por isto. Sei como se sente. Sei como é ser falsamente acusado,
molestado e cuspido. Sei o que é ser açoitado, escarnecido e morrer de maneira
injusta. Sei o que está sofrendo, e valorizo grandemente a sua lealdade”.
Jesus fala sobre cinco diferentes níveis de perseguições sofridas por Esmirna: governamental, econômica, física, religiosa e satânica.
Jesus fala sobre cinco diferentes níveis de perseguições sofridas por Esmirna: governamental, econômica, física, religiosa e satânica.
Perseguição Governamental
Esmirna sofria sob a tirania de Roma.
Mais adiante, Jesus identifica tal tribulação como prisão ou encarceramento. A
palavra tribulação (thlipsin, no grego) é muito radical. Literalmente,
significa esmagar um objeto, comprimindo-o. Descreve a vítima sendo esmagada, e
seu sangue, extraído. Descreve pessoas esmagadas até a morte por uma enorme
pedra. Também descreve a dor duma mulher ao dar filhos à luz.
Em Esmirna, os crentes eram
dolorosamente esmagados sob as rígidas cláusulas da lei romana. Eram arrancados
de suas casas, capturados nas feiras livres e levados cativos. César jogava
toda a força de seu poderoso império sobre esta pequena igreja. E muitos desses
santos já haviam selado seus testemunhos com o próprio sangue.
Quando a igreja foi fundada em
Jerusalém, era Israel quem lhe avultava como ameaça, e não Roma. Além do mais,
vigorava naqueles dias a paz romana, obrigando todas as possessões imperiais a
observarem rigoroso ordenamento.
Embora cada país conquistado pudesse conservar seus próprios líderes e costumes, tinha de prestar cega obediência ao imperador. Aparentemente nada havia mudado. O povo ainda gozava certas liberdades políticas, religiosas e culturais, mas lá estava o Império Romano pronto a reprimir qualquer indisciplina.
Embora cada país conquistado pudesse conservar seus próprios líderes e costumes, tinha de prestar cega obediência ao imperador. Aparentemente nada havia mudado. O povo ainda gozava certas liberdades políticas, religiosas e culturais, mas lá estava o Império Romano pronto a reprimir qualquer indisciplina.
Mas tudo mudou repentinamente. Em 67
d.C., um louco chamado Nero subiu ao trono de Roma. Temendo perder o trono, Ele
matou suas três primeiras esposas e a própria mãe. Sob sua insanidade, as
chamas da perseguição foram inflamadas contra a igreja. Nero culpou os cristãos
por muitos de seus erros políticos. Foi esta a perseguição mencionada nas duas
epístolas de Pedro.
Mas Nero morreu cedo, proporcionando
momentâneo refrigério à igreja. Em 81 d.C., porém, outro insano assume o poder.
Domiciano era mais cruel que Nero. E logo uma segunda onda de perseguição
levanta-se contra os cristãos. Esta é a perseguição a que Jesus se refere na
carta a Esmirna.
Ao expandir-se, Roma conquistou muitos
territórios e países, gerando grande diversidade de línguas e culturas no
império. Como unificar tantas diversificações? Como consolidar tantos
movimentos nacionalistas? Alguns destes, contra Roma. A adoração ao imperador
foi a resposta. Uniria o império, pois obrigaria cada cidadão romano a prestar,
uma vez por ano, pública lealdade diante do busto de César. Para a grande
maioria dos cidadãos romanos, isto não era problema. Afinal, já adoravam a
vários deuses. O que era mais um deus? Mas para os cristãos, adorar a César era
uma traição ao Rei dos reis. Não podiam assentir nesta idolatria. Ao invés de
declarar: “César é Senhor”, os primeiros cristãos bravamente confessavam:
“Cristo é Senhor! Como resultado, passou a igreja a sofrer dolorosamente.
O historiador H. B. Workman:
“Tornar-se cristão significa grande renúncia. Aquele que seguir a Cristo tem de
contabilizar o custo, e estar preparado para pagá-lo com a própria vida. A
declaração do nome de Cristo já era um crime, O nome significava tortura e ser
lançado às feras. No caso das donzelas, a infâmia era pior que a morte”.
A perseguição governamental não cessou. Estamos perdendo a liberdade religiosa. Nossa liberdade espiritual vem sendo diariamente fraudada.
A perseguição governamental não cessou. Estamos perdendo a liberdade religiosa. Nossa liberdade espiritual vem sendo diariamente fraudada.
No Alasca, em 1987, alguns estudantes
foram advertidos a não usar a palavra Christmas (Natal), por conter ela o nome
de Cristo. Nem nos cadernos, podia a palavra ser encontrada. Tampouco estavam
autorizados a enviar cartões de Natal a seus colegas de escola.Um casal da
igreja que recentemente pastoreei, foi a Rússia ensinar táticas bíblicas aos
professores de escolas públicas daquele país. Achei isto maravilhoso. Eles
tiveram de viajar meio mundo para partilhar valores cristãos, o que não puderam
fazer em Little Rock, Arkansas. Quanto tempo ainda falta antes que enfrentemos
o tipo de perseguição a que eram submetidos os cristãos do primeiro século?
Perseguição Econômica
Houve também perseguição econômica
contra a igreja em Esmirna. Foi Jesus quem o revelou: “Eu sei a tua tribulação
e pobreza” (Ap 2.9). A palavra pobreza (ptocheian, no grego) denota alguém tão
desprovido de bens, que nada chega a possuir. Ele não está apto a ganhar nem
mesmo ninharias; acha-se à mercê da caridade humana.
Assim, Esmirna. Tão pobre que não podia fazer o mínimo orçamento. Não tinham nada. O motivo? Os teólogos da prosperidade responderiam: “Esmirna estava fora da vontade de Deus. Tudo o que tinham a fazer era decretar a bênção. Estavam vivendo indignamente. Deus os queria ricos.”
Assim, Esmirna. Tão pobre que não podia fazer o mínimo orçamento. Não tinham nada. O motivo? Os teólogos da prosperidade responderiam: “Esmirna estava fora da vontade de Deus. Tudo o que tinham a fazer era decretar a bênção. Estavam vivendo indignamente. Deus os queria ricos.”
Mas, deveriam eles ser repreendidos
por sua pobreza? Não! Eram pobres porque
estavam na vontade de Deus. Prosperidade financeira não é a vontade de Deus para todos. Por isto é difícil ser cristão. Pode custar até mesmo a prosperidade financeira.
Não se esqueça de que Esmirna era uma das mais prósperas cidades daqueles dias. Não havia baixas no mercado, nem recessão. Os negócios cresciam. Lá, qualquer pessoa podia prosperar. Mas os homens de negócios cristãos eram despedidos de seus empregos. Suas lojas, violadas e saqueadas; seus pertences, roubados. Tudo porque confessavam que Jesus Cristo é Senhor, e não César.
estavam na vontade de Deus. Prosperidade financeira não é a vontade de Deus para todos. Por isto é difícil ser cristão. Pode custar até mesmo a prosperidade financeira.
Não se esqueça de que Esmirna era uma das mais prósperas cidades daqueles dias. Não havia baixas no mercado, nem recessão. Os negócios cresciam. Lá, qualquer pessoa podia prosperar. Mas os homens de negócios cristãos eram despedidos de seus empregos. Suas lojas, violadas e saqueadas; seus pertences, roubados. Tudo porque confessavam que Jesus Cristo é Senhor, e não César.
A analogia mais próxima que temos é a
grande perseguição dos judeus na Alemanha nazista. Suas viagens eram restritas.
Suas lojas, vandalizadas. Seus locais de adoração, maculados; e suas
propriedades, confiscadas. Eram humilhados, estigmatizados, caluniados,
molestados e agredidos fisicamente. Privavam- nos do básico para o dia-a-dia.
Tudo isto por sua identidade religiosa.
A mesma pressão econômica começa a
atingir os cristãos na América e em outros países ocidentais. O preço para se
fazer negócios como cristão aumenta consideravelmente. Enquanto escrevia este
capítulo, recebi o telefonema de dois homens de negócios de nossa igreja. Dois
homens respeitados e que ocupam posições proeminentes em companhias
importantes
O primeiro contou que seria forçado a
demitir-se devido a sua fé em Cristo. O dono da companhia, questionando-lhe a
lealdade, perguntou-lhe: “Sua igreja é mais importante que este negócio? Sua fé
é mais importante que sua carreira? Se assim for, está no lugar errado”.
O segundo relatou algo similar. Como
chefe de operações de uma corporação em Little Rock, enviou cartões de Natal a
seus clientes. Os cartões continham o nome de Cristo ao lado do da companhia.
Com isto, os ímpios ficaram ofendidos: “Levaremos o problema aos diretores da
empresa. Estamos ofendidos por você nos haver enviado o cartão com o nome de
Cristo. Isto custará o seu emprego!” Ambos os incidentes ocorreram em Little
Rock, Arkansas, mas logo estará se repetindo em sua cidade.
Perseguição Religiosa
Jesus identifica outro nível de
perseguição - a religiosa: “Eu sei… a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o
são, mas são a sinagoga de Satanás” (Ap 2.9).
O nó continua apertando. Em Esmirna,
havia uma grande comunidade judaica que hostilizava fanaticamente o
cristianismo. Tal fúria já fora demonstrada no apedrejamento de Estêvão em
Jerusalém (At 7). Cheios de ódio, os judeus tramavam agora contra os nascidos
de novo. Não satisfeitos, também blasfemavam contra os crentes.
Eles acusavam os cristãos de comerem
carne humana, numa referência à Santa Ceia. Acusavam-nos ainda de perversões
sexuais por causa do ósculo santo e da ênfase que estes davam ao amor
fraternal. Conseqüentemente eram acusados de incesto e orgias sexuais. A
Igreja, segundo eles, era ateísta por não adorar a César. Era politicamente
infiel. E por requerer absoluta fidelidade a Cristo, era acusada de separar
famílias. Mas estes acusadores eram a sinagoga de Satanás, instrumentos do
demônio. Usados pelo inferno, faziam oposição ao povo e ao plano de Deus. Da
mesma forma, a igreja hoje pode esperar semelhante perseguição, não somente do
governo, mas também dos cristãos apóstatas que não passam de sinagogas de
Satanás.
O diabo também vai à igreja. Ele diz:
“Tenho alguns pregadores, quero ouvi-los falar. Tenho alguns corais, quero
ouvi-los cantar. Tenho alguns discípulos com os quais quero compartilhar meus
planos”. Há igrejas que não passam de redutos de Satanás. Não pregam o
verdadeiro Evangelho. Negam a Escritura, menosprezam a ressurreição de Jesus
Cristo. Promovem a licenciosidade. Abandonando a Palavra de Deus, ordenam
homossexuais ao ministério cristão. Permitem todo tipo de perversão. Estas
sinagogas de Satanás perseguirão em breve a verdadeira Igreja de Deus.
Perseguição Física
Jesus também alertou quando à
perseguição que Esmirna haveria de sofrer:
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados, e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel ate’ a morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados, e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel ate’ a morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
A questão não era se iriam sofrer. Mas
quando e o quanto? Jesus garantiu que mais sofrimento estava por vir. Ele não
oferece livramento, mas avisa que o diabo lançaria alguns na prisão. As prisões
romanas eram lugares horríveis. Ninguém queria ser lançado nelas. Os presos ou
eram mortos pelas autoridades penitenciárias, ou torturados e arremessados às
ruas. Ninguém durava muito tempo numa prisão romana.
O governo era muito ocupado para
pajear criminosos; nada queria gastar com a sua alimentação. Caso o prisioneiro
fosse cristão, a situação piorava. Era morto, ou surrado e atirados à rua.
Esmirna sofreu fisicamente! Os oficiais romanos invadiam as casas, e prendiam os crentes diante do olhar aflito de seus familiares. Arrastavam-nos às prisões, fazendo deles público exemplo. Não dissera Jesus que teriam tribulação de dez dias? Alguns eruditos têm especulado sobre estes dez dias. Simbolizam dez perseguições gerais? Ou dez estágios na história da igreja? Para mim, tratam-se de dez dias literais. Afinal, ninguém conseguia permanecer por muito tempo nas celas romanas. Dez dias pareciam dez anos.
Esmirna sofreu fisicamente! Os oficiais romanos invadiam as casas, e prendiam os crentes diante do olhar aflito de seus familiares. Arrastavam-nos às prisões, fazendo deles público exemplo. Não dissera Jesus que teriam tribulação de dez dias? Alguns eruditos têm especulado sobre estes dez dias. Simbolizam dez perseguições gerais? Ou dez estágios na história da igreja? Para mim, tratam-se de dez dias literais. Afinal, ninguém conseguia permanecer por muito tempo nas celas romanas. Dez dias pareciam dez anos.
Misericordiosamente, o Senhor
estabelece limites para nosso sofrimento. A prova não vai além do que podemos
suportar. Se o Senhor diz dez dias, não há forças na terra capaz de prolongar-nos
o sofrimento. Para os cristãos de Esmirna, Jesus recomenda: “Sê fiel até a
morte”. Alguns deles pagariam com a vida o preço de seguir a Cristo. Mesmo em
face ao martírio, Jesus é taxativo: “Sê fiel até a morte”.
Se os oficiais romanos viessem até você, e o intimassem: “César ou Cristo?”. Você ficaria com Jesus? A resposta tem de ser sim. Deus nos dará graça para fazer tal confissão. Enquanto isto, permaneçamos fiéis a Ele.
Se os oficiais romanos viessem até você, e o intimassem: “César ou Cristo?”. Você ficaria com Jesus? A resposta tem de ser sim. Deus nos dará graça para fazer tal confissão. Enquanto isto, permaneçamos fiéis a Ele.
Perseguição Satânica
Finalmente, Jesus dissera que Esmirna
enfrentaria perseguição do próprio diabo. Como aqueles cristãos viviam para
Cristo, seriam atacados pela sinagoga de Satanás. Estariam em guerra contra o
próprio inferno. Decididamente, não lutavam contra a carne, e sim contra os
principados, potestades, príncipes das trevas e hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais (Ef 6.11,12). Por trás de toda perseguição, acha-se o
próprio Satanás. Por trás do imperador romano, o demônio, que despejava sua
fúria contra os crentes. Muitos cristãos foram presos, e outros, condenados à
morte.
Estes crentes sofreram,
simultaneamente, de cinco maneiras diferentes. Foram atacados política,
econômica, religiosa, física e satanicamente. Afinal, como escreve Paulo “todos
os que piamente querem viver em Cristo Jesus, padecerão perseguições” (2 Tm
3.12). Não se engane! Custa caro ser cristão. Nalguns lugares, mais que em
outros. Com as pressões do final dos tempos, a perseguição contra a igreja
crescerá ainda mais. Por todo o mundo, igrejas e indivíduos serão convocados a
sofrer mais que nunca.
Não há repreensão para Esmirna. A
outra exceção foi Filadélfia, que também sofria perseguição. A lição é muito
clara: a perseguição purifica a igreja! Se o mundo o perseguisse, você jamais
amaria as coisas que ele oferece. Caso contrário: haveria de se contaminar com
o mundo. Se você fosse trancado numa masmorra romana, você deixaria seu
primeiro amor? Provavelmente não. Negligenciaria a oração diante da morte? Não!
Se o mundo o atacasse, você teria
problemas em amar outros crentes? Ficaria grato diante da morte? Enfrentemos o
fato: não manejamos bem a prosperidade. Basta ligar o rádio para ouvir
pregadores da teologia da prosperidade despejando sua descontrolada luxúria.
Dizem eles: “Deus fará de você um milionário se tiver fé e confiar nele!”
Todavia, a maior bênção que poderia acontecer à causa de Cristo, atualmente, seria a perseguição. Disse alguém certa vez: “O problema com os crentes de hoje é que ninguém mais quer matá-los. Tal perseguição levar-nos-ia às bases essenciais do que significa ser um genuíno seguidor de Cristo”.
Todavia, a maior bênção que poderia acontecer à causa de Cristo, atualmente, seria a perseguição. Disse alguém certa vez: “O problema com os crentes de hoje é que ninguém mais quer matá-los. Tal perseguição levar-nos-ia às bases essenciais do que significa ser um genuíno seguidor de Cristo”.
Que conselho Jesus tem para a igreja
sofredora? Apenas dois lembretes: “Nada temas” e “Sê fiel até a morte”. E que
alguns daqueles cristãos achavam-se amedrontados e perigosamente enfraquecidos.
A fórmula para não se temer ao homem é temer a Deus. Tema a Deus e não
precisará temer o homem! O temor a Deus começa com a visão de Deus, cultuada
com o entendimento de sua impressionante santidade. Submeta-se a sua soberania.
Dobre os joelhos diante de sua justiça. Seja consumido pela grandeza divina.
Mais a frente Jesus diz: “Sê fiel até
a morte e dar-te-ei a coroa da vida”. Ao enfrentar a morte, os crentes eram
encorajados a serem fiéis. Não podiam voltar atrás e negar o nome de Cristo.
Nem todos são chamados a ser um mártir. Mas todo discípulo precisa estar pronto
a fazer tal sacrifício.
Nossa voluntariedade em morrer por
Cristo é a última prova de nossa lealdade a Ele. Não estamos prontos a viver
até estarmos prontos a morrer. Crentes que morrem por sua fé em Cristo são recompensados.
A coroa da vida os espera. Esta coroa (stephanos, no grego) é o galardão da
vitória que recebiam os atletas vencedores. Sua lealdade até a morte trar-lhe-á
esta coroa. Eis aqui forte motivação para se permanecer fiel a Cristo. Uma
coroa especial está a espera de todo aquele que pagar o último preço por seguir
a Cristo. É isto que Deus pede que façamos: “Não temas” e “Sê fiel”.
O Alerta
Apesar da violenta perseguição, os
vencedores obterão grande vitória sobre o mundo. Jesus conclui com um alerta
para se ouvir e considerar esta mensagem
Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas (Ap 2.11a).
Todo ouvido precisa estar alerta ao
que Jesus diz. São palavras fortes que precisam ser obedecidas. Preste bastante
atenção. Guarde bem estas verdades. Mathew Henry escreve: “A evidência clara de
nosso amor por Cristo é a obediência às suas leis… o amor é a raiz, e a
obediência, o fruto”.
Conta-se que Henrique III, que reinou
no século XI, cresceu enfadado da vida da corte e das pressões oriundas da
realeza. Por isto, pediu a um monastério que o acolhesse a uma vida de
reflexão. Mas o superior do monastério, frei Richard, fez-lhe a seguinte
ponderação: “Majestade, estás ciente de que a regra aqui é a obediência? Isto
será difícil para um rei”. Henrique III respondeu: “Estou ciente. Pelo resto de
minha vida ser-te-ei obediente, já que Cristo é o teu Senhor”.
“Então direi o que deves fazer,
volveu-lhe o frei Richard: Volta para o seu trono, e serve fielmente no lugar
onde Deus te colocou”. Quando Henrique III morreu, alguém disse: “O rei
aprendeu a reinar sendo obediente”.
Também precisamos ser obedientes ao que o Espírito manda que façamos. Seja você contador, professor, mãe ou pai; sirva a Deus onde Ele o colocou.
Também precisamos ser obedientes ao que o Espírito manda que façamos. Seja você contador, professor, mãe ou pai; sirva a Deus onde Ele o colocou.
A Promessa
Para o que ouve e obedece ao que o
Espírito diz, Jesus faz esta promessa estarrecedora:
“O que vencer não receberá o dano da
segunda morte” (Ap 2.11b).
Todos os verdadeiros cristãos são
vencedores (l Jo 5.5). E estes não serão danificados pela segunda morte.
A primeira morte é física; é a
separação da alma do corpo. A segunda é espiritual; é a separação da alma da
vida eterna. A morte espiritual resulta em eterno tormento no lago de fogo. E a
punição eterna (Ap 20.10).
Os verdadeiros cristãos jamais
experimentarão a segunda morte. Dizem que, ou nascemos uma vez e morremos duas,
ou nascemos duas e morremos uma vez. Mas os cristãos enfrentam a primeira morte
sem medo. A segunda não tem poder sobre nós. Podemos visualizar a morte física
sem nada temer - mesmo enquanto somos torturados por amor a Cristo - sabendo
que ela levar-nos-á mais rapidamente à presença de Deus.
A mensagem à Esmirna é um alerta para
que sejamos completamente dedicados a Jesus Cristo, mesmo enfrentando a
perseguição e a luta. Enquanto o mundo torna-se escuro, a Igreja há de brilhar.
Agora é o tempo de se levantar por Jesus Cristo. Custe o que custar!
Destaquemos um homem para enfatizarmos esta verdade. No segundo século,
achava-se no pastorado de Esmirna um homem chamado Policarpo que, conforme a
história, chegara a conhecer pessoalmente ao apóstolo João, de quem ouviu estas
palavras: “Sê fiel até a morte”.
Em 155 d.C., Policarpo foi chamado à
presença do procônsul em Esmirna. Este ordenou-lhe, então, que renunciasse a
Cristo, e declarasse fidelidade a César. Policarpo respondeu: “Tenho servido ao
Senhor Jesus por 86 anos. Ele tem sido fiel a mim. Como posso ser infiel a Ele,
e blasfemar contra o nome de meu Salvador?”
O procônsul insistiu: “Jura pelo nome
de César, ou te dilacera- rei e alimentarei os animais. O pastor, entretanto,
encontrava-se sereno: “Então entrega-me aos animais. Tu não podes mudar-me o
coração. Declaro que sou cristão até a morte. Enfurecido, o procônsul condenou
o bispo Policarpo sob a alegação de haver este cometido grande traição contra
Roma.
Na arena de Esmirna, a multidão
achava-se sedenta de sangue. O anticristianismo havia envenenado a cidade.
Policarpo foi entregue a turba enfurecida que, não satisfeita, buscava fixá-lo
com pregos à pira de madeira. O santo homem não se importa: “Deixai os pregos.
Aquele que me dá forças para suportar as chamas, dar-me-á forças para não recuar do poste. Vós me tratais com o fogo que queima por pouco tempo e é rapidamente extinto. Mas não conheceis o fogo que aguarda os fracos no julgamento vindouro e a punição eterna.
Aquele que me dá forças para suportar as chamas, dar-me-á forças para não recuar do poste. Vós me tratais com o fogo que queima por pouco tempo e é rapidamente extinto. Mas não conheceis o fogo que aguarda os fracos no julgamento vindouro e a punição eterna.
O que estais esperando? Fazei o que
quiserdes de mim”. Quando a madeira foi colocada ao redor de seus pés,
Policarpo olhou para os céus e disse: “Senhor, Deus Todo-poderoso, Pai do amado
Filho, Jesus Cristo, agradeço-te por este dia e por esta hora que me dás. Pois
assim, poderei estar entre os mártires que compartilharam do cálice de Cristo.
Com eles, ressuscitarei para a vida eterna!”
Ele curvou a cabeça, e disse: “Amém!”,
e o fogo o consumiu.
Policarpo foi fiel até a morte. Não temeu o mundo, e sim a
Deus. E grande a sua recompensa no céu.
Que assim possa suceder com você e comigo. Quando a perseguição atingir-nos, não temamos o mundo, mas a Deus, e somente a Deus.
Custe o que custar.
Policarpo foi fiel até a morte. Não temeu o mundo, e sim a
Deus. E grande a sua recompensa no céu.
Que assim possa suceder com você e comigo. Quando a perseguição atingir-nos, não temamos o mundo, mas a Deus, e somente a Deus.
Custe o que custar.
FONTE - Livro:- Alerta Final – Steven
J. Lawson
http://evisaiasjesus.blogspot.com.br/2012/04/carta-igreja-em-esmirna.html
http://evisaiasjesus.blogspot.com.br/2012/04/igreja-em-esmirna-vv-8-11.html
http://danielgaiamagalhaes.blogspot.com.br/2012/04/segunda-carta-igreja-de-esmirna.html